A inteligência artificial (“IA”) é uma tecnologia que está se desenvolvendo rapidamente e trazendo grandes impactos em toda sociedade. Com isso, inegavelmente aumentam os benefícios aos usuários, mas também, assustadoramente, crescem os riscos associados ao seu uso ainda não regulamentado com se espera.
Uma empresa que afirma desenvolver uma tecnologia que pode ajudar a mitigar o risco do uso da IA é a Neuralink, fundada por Elon Musk, que, além disso, está desenvolvendo um implante cerebral que permitiria a comunicação entre humanos e IA.
Mas você já ouviu falar desse implante cerebral?
Se você não conhece, vamos explicar o que é e como ele pode ajudar a reduzir os riscos do uso da IA, de acordo com a sua proposta.
O que é o implante cerebral da Neuralink?
O implante cerebral da Neuralink é um dispositivo que é implantado no cérebro por meio de uma cirurgia. Ele é composto por um chip que contém milhares de eletrodos que são inseridos no tecido cerebral.
Esses eletrodos, por sua vez, detectam os sinais elétricos do cérebro, que são uma representação de nossos pensamentos. Esses sinais são, então, enviados para um computador, o qual os interpreta e gera uma resposta.
A ideia então é que a IA possa então usar essa resposta para tomar uma ação ou gerar uma resposta/reação. Por exemplo, se um humano pensar em um comando, como “levantar a mão”, o implante cerebral irá detectar esses sinais elétricos e convertê-los em dados digitais. Esses dados serão então enviados para um computador, que irá interpretar o comando e gerar uma resposta. A resposta do computador será, por sua vez, enviada de volta para o implante cerebral, que, por consequência, irá ativar os músculos da mão para que ela seja levantada. Incrível, né?
Como a Neuralink pretende que o implante cerebral ajude a reduzir os riscos do uso da IA?
A Neuralink acredita que o implante cerebral pode ajudar a reduzir os riscos do uso da IA de duas maneiras:
- Por controle: O implante cerebral pode permitir que os humanos controlem a IA por meio de comandos cerebrais, ou seja, por meio do próprio pensamento. Isso poderia ser usado para evitar que a IA seja usada para fins nocivos, como atacar pessoas ou causar danos à propriedade.
- Por comunicação: O implante cerebral pode permitir que os humanos se comuniquem, seja verbalmente, seja pelo pensamento com a IA de uma forma mais natural. Isso poderia ajudar os humanos a entender melhor a IA e a trabalhar com ela de forma mais segura e eficaz.
Contudo, como toda nova tecnologia, a proposta apresentada pela Neuralink poderá trazer benefícios aos usuários, mas também, poderá trazer riscos à privacidade e proteção de dados, isto porque, o implante cerebral detecta os sinais elétricos do cérebro, que são uma representação de nossos pensamentos.
Essas informações poderão ser vazadas de alguma forma, seja por meio de um ataque cibernético ou por ação humana. Por exemplo, um hacker poderia invadir o sistema do computador que está conectado ao implante cerebral e acessar as informações que “trafegam” na mente humana, informações estas de natureza variada. Além disso, um indivíduo que tenha acesso ao implante cerebral poderia usar essa informação, inclusive, para fins maliciosos ou até mesmo ilícitos.
E você, o que você acha dessa tecnologia?