Certa resistência ao comprometimento das empresas em adotar protocolos e procedimentos mais seguros para garantir a segurança e a proteção dos dados e informações de seus clientes é o que verificamos na vivência diária da rotina de implementação de programas de privacidade e proteção de dados nas empresas.
Essa resistência acaba por refletir em descumprimento à Lei Geral de Proteção de Dados.
Esse caso da condenação da Vivo confirma essa resistência, onde a noiva de um cliente, se passando pela sua mãe em um atendimento telefônico, solicitou e conseguiu que a operadora lhe fornecesse informações confidenciais relacionadas ao seu noivo, sem qualquer protocolo que pudesse garantir a proteção das informações.
Por esse fato gravíssimo, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a Vivo por ter prestado um serviço negligente, deixando de garantir a proteção dos dados de seu cliente.
Portanto, o caso prático aqui destacado, intensifica a necessidade de um trabalho sério e comprometido dentro das empresas que precisam ultrapassar a elaboração de ótimos documentos jurídicos e que enxerguem conjuntamente com o departamento jurídico e com o Encarregado de Dados, a necessidade clara de mudança de cultura e prática, adotando, protocolos e procedimentos que protejam os dados e informações.