Novos tempos exigem mudanças e ajustes. Na atuação empresarial, pensar naquilo que virá traz a necessidade de novos planos, de movimentação, nos retirando da zona de conforto quando nos desafia a sermos melhores, ou pelo menos bons, enquanto não podemos ser ótimos para nossas empresas, enfrentando a realidade com prevenção e planejamento na busca de um cenário de maior segurança, com conhecimento dos riscos empresariais enfrentados e com práticas que, além de mapear tais riscos, nos tragam ferramentas para minimizar seus impactos.

A tomada de decisão assertiva é essencial para que uma empresa tenha bons resultados, para que gere novos negócios, alcance seu ideal de lucros e mantenha seus recursos de qualidade, já que não há empresa de sucesso sem colaboradores satisfeitos.

Ao gestor, cabe explorar fragilidades e riscos no aspecto de negócios com inteligência, a fim de que, conhecendo a fundo os percalços de suas atividades, possa administrá-los com planejamento, serenidade, alcançando um cenário mais favorável, ainda que em um contexto mundial de novas necessidades, crise pandêmica e constante transformação nas relações entre pessoas.

Sob o ponto de vista trabalhista, novas legislações, mudanças recorrentes nas relações entre pessoas e medidas emergenciais colocaram programas de Compliance no centro das necessidades de todas as empresas, independentemente do porte.

Ferramentas de Compliance podem ser implementadas de forma paulatina, observando atividades desenvolvidas, fôlego financeiro e necessidades específicas, assim como em conjunto com outros pilares, de forma ampla e complexa em organizações maiores, em atendimento ao ideal de conformidade do empreendimento como um todo, ou seja, um organismo vivo que exige controle, ajustes e monitoramento .

Para os pequenos e médios empresários que pretendem iniciar a jornada em busca da conformidade, com a observância de Leis, procedimentos internos e boas práticas empresariais, conhecer a estrutura do seu negócio e identificar riscos empresariais com vista a minimizar seus impactos é requisito para se manterem de forma competitiva no mercado.

Nesse ponto, a elaboração de uma Matriz de Risco, com a identificação em planilha simples das fragilidades do negócio, estabelecendo um prazo razoável de correção e identificando o responsável pela implementação de tais medidas corretivas, com vista à diminuição de impactos negativos, pode ser o primeiro passo para a gestão estratégica de riscos.

Implementada a planilha que identifica riscos, caminha-se para o próximo passo de um programa de conformidade, com a implantação de um Código de Conduta, que regulamentará as relações entre empresa, empregados, parceiros comerciais, fornecedores e a sociedade em geral, estabelecendo genericamente de que modo a empresa pretende se relacionar, se colocar no mercado e nas relações em geral, para preservar seu patrimônio, sua reputação e, assim, prevenir riscos.

Feito isso, ao Código de Conduta, elabora-se como complemento um manual de práticas, de procedimentos internos, um Regulamento Interno, o qual, aliado a Políticas Internas específicas, regerá a relação entre empregados e empregadora, com vista a torná-la transparente, efetiva e nos exatos limites da legislação vigente, inclusive com a aplicação de sanções de acordo com a situação concreta.

Auditorias por departamentos, análise legal prévia em contratos e um sistema que possibilite a apresentação de possíveis denúncias por condutas incompatíveis com os interesses da empresa e com a legislação, aliada a uma investigação efetiva dos fatos denunciados, complementam a estrutura inicial de um programa de conformidade, acessível a qualquer empresa e que possibilitará à administração o conhecimento efetivo do negócio e seu crescimento de forma responsável.

Com tais ferramentas, denominadas de pilares do programa de Compliance, ainda que implementadas de forma simplificada e paulatina, não há dúvidas de que se abre caminho para o projeto de conformidade, a partir da implantação eficaz de controles e gestão de riscos empresariais, garantindo-se saúde financeira e reputacional, além de competitividade às empresas de qualquer porte.

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